Gigantes da bateria e Hyundai preocupados com movimentos dos EUA sobre suprimentos da China
A maior fabricante de baterias da Coreia do Sul e a Hyundai Motor Corp expressaram preocupação com a nova legislação dos EUA destinada a aumentar a produção doméstica de veículos elétricos e reduzir o uso de materiais chineses, uma medida que acreditam poder prejudicar sua competitividade, de acordo com um novo relatório da Bloomberg.
No comunicado de quinta-feira, mencionou: incluindo Hyundai Motor, LG Energy Solutions Co., Samsung SDI Co. e SK On Co., ouvindo suas “preocupações e dificuldades” sobre as medidas na conta de impostos e energia dos EUA, eles esperam que os sul-coreanos fabricantes de automóveis e fornecedores de baterias cortarão rapidamente a cadeia de fornecimento de baterias chinesas para que os veículos se qualifiquem para um crédito fiscal máximo de US$ 7,500.
A medida pode violar o acordo de livre comércio EUA-Coreia do Sul e as regras da Organização Mundial do Comércio, disse um porta-voz do Ministério do Comércio nesta sexta-feira.
Os fabricantes de baterias sul-coreanos atualmente respondem por cerca de 30% do mercado global e abastecem montadoras como Tesla, General Motors, Ford e Rivian Automotive Inc. A maioria dos veículos elétricos é montada na América do Norte, mas os fabricantes de baterias sul-coreanos obtêm a maior parte de suas matérias-primas da China. Encontrar novos fornecedores de energia é difícil em face da crescente demanda e escassez de oferta.
As empresas estão aguardando mais detalhes sobre as regras dos EUA, e algumas já estão procurando diversificar fornecedores fora da China, segundo pessoas das quatro maiores fabricantes de baterias e materiais da Coreia do Sul. Pessoas familiarizadas com o assunto disseram que o projeto de lei ainda não está claro o suficiente e espera ajustar o limite relevante depois que as montadoras americanas pressionarem o Congresso.
Os fabricantes de baterias sul-coreanos, que usam produtos químicos como níquel, cobalto, manganês ou alumínio, importaram mais de 80% dos principais minerais da China em 2020, de acordo com o Instituto Coreano de Economia Industrial e Comércio. O Japão também importou 80% de seu hidróxido de lítio e 96% de manganês da China para fabricar baterias, disse o instituto.
“Não é fácil mudar de fornecedor de metal e é ainda mais difícil refinar metais a baixo custo, o que a China faz, especialmente de forma ecologicamente correta.”
Disse Kim Min-Ji, pesquisador sênior do estatal Korea Institute for Industrial Economics & Trade.
